sábado, 15 de dezembro de 2012


Nosso décimo terceiro encontro: 11 dezembro 2012


  • Hoje participei do segundo dia do 1º Seminário UNISO-UFSCAR (Campus Sorocaba) – Tendências e Desafios da Educação Superior no Brasil – realizado em 10 e 11 de dezembro.
  • Dia 11/12: UNISO - Câmpus Cidade Universitária - Auditório Principal – com programação para o período da manhã e tarde. No período da manhã: mesa redonda - Expansão da Educação Superior no Brasil e a formação de profissionais da Educação – com a participação dos professores doutores: Waldemar Marques (UNISO), Bárbara Sicardi Nakayama (UFSCAR) e Luiz Fernando Gomes (mediador). No período da tarde: mesa redonda - O público e o privado na educação brasileira: democratização e acesso – com a participação dos professores doutores: José Dias Sobrinho (UNISO), Paulo Lima (UFSCAR) e Waldemar Marques (mediador).

  • Na programação também teve painéis: Projetos e pesquisas na pós-graduação em educação e conversa com os autores, além de atividade cultural e solenidade de encerramento.

  • Faço menção a alguns tópicos em debate que acredito que merecem destaque.
  • O Prof. Dr. Waldemar Marques comentou sobre – Expansão e Oligopolinização da educação superior no Brasil.
  • Amostragem em gráficos comparando as matrículas no ensino superior (público e particular) no Brasil no período de 1965/2010.
  • A partir de 1965 – predomínio do ensino público, com aproximadamente 60% das matrículas efetuadas no ensino superior.
  • Em 1970 – a quantidade de matrículas efetuadas no ensino superior correspondem a 50% no ensino público e 50% no ensino particular.
  • A partir de 1970 – a quantidade de matrículas efetuadas no ensino superior predominam no ensino particular. Em 2010 temos: 75% no ensino particular, e 25% no ensino público.
  • O significado da expansão da educação superior no Brasil:
      • Ações afirmativas e inserção social;
      • Formação de grandes conglomerados com operações na bolsa de valores;
      • Operação em escola: enxugamento de pessoal e maximização de recursos;
      • A força da propaganda;
      • O PROUNI e a renúncia fiscal.

  • A Profa. Dra. Bárbara Sicardi Nakayama (UFSCAR) comentou sobre – Limites, desafios e possibilidades da formação de professores diante da expansão da educação superior.
  • Reflexões e necessários desdobramentos: (i) o papel das pesquisas sobre os processos de constituição profissional; (ii) fortalecimento de espaços reflexivos e de problematização da prática educativa nos cursos de licenciatura e de formação continuada.
  • Em relação a educação – ¨Mais do que respostas temos que ter propostas¨ (Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes).
  • Resumidamente podemos mencionar que a Educação a distância, a expansão dos cursos superiores no País, a formação de educadores e a formação cidadã do aluno, bem como a democratização do acesso ao ensino foram os temas discutidos no 1º Seminário UNISO-UFSCar - Tendências e Desafios da Educação Superior no Brasil. Além das mesas-redondas, em que foram debatidas as perspectivas em cada uma dessas áreas, o evento teve apresentação de projetos e pesquisas em Educação. As atividades reuniram professores, estudantes e pesquisadores durante esta segunda e terça-feira, na UFSCar e Uniso, respectivamente. O seminário é uma das atividades acadêmicas promovidas por um grupo de professores e alunos dos Programas de Pós-Graduação em Educação da Uniso e da UFSCar, formado com o objetivo de discutir temas relevantes da educação no Brasil e promover a troca de conhecimentos. (Disponível em: www.uniso.br)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Nosso décimo segundo encontro: 10 dezembro 2012

  • Conforme já mencionei nas postagens anteriores, o 1º Seminário UNISO-UFSCAR (Campus Sorocaba) – Tendências e Desafios da Educação Superior no Brasil – está marcado para os dias 10 e 11 de dezembro.
  • Dia 10/12: UFSCAR- Câmpus Sorocaba - Auditório Principal – com programação para o período da tarde e noite. No período da tarde: abertura e mesa redonda - A educação a distância no Brasil: perspectivas e desafios – com a participação dos professores doutores: Luiz Fernando Gomes (UNISO), Tereza M.P. de Castro Mello (UFSCAR) e Marcos Francisco Martins (mediador). No período da noite: mesa redonda - Educação superior: formação cidadã e trabalho – com a participação dos professores doutores: Pedro Goergen (UNISO), Maria Carla Corrochano (UFSCAR) e Bárbara Sicardi Nakayama (mediadora).

  • Na programação também teve painéis: Projetos e pesquisas na pós-graduação em educação e conversa com os autores, além de atividade cultural.

  • Faço menção a alguns tópicos em debate que acredito que merecem destaque.
  • ¨A interação institucional UNISO-UFSCAR (Campus Sorocaba) é muito significativa¨ (Prof. Dr. Marcos Francisco Martins).
  • Consolidar outras iniciativas como o SEPED que ocorre na UNISO - um olhar extenso de outros orientadores e de outra instituição (Prof. Dr. Marcos Francisco Martins).
  • Basicamente há um formato padronizado do curso a distância (Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes).
  • Fala-se da Educação a Distância como modalidade.
  • ¨Os meios não definem mais impõem limites¨ (Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes).
  • A educação em rede começa fora da escola.
  • A nova educação – carência de especialistas para trabalhar em EAD.
  • Comentários sobre a contracultura.
  • Adaptação da tecnologia ao ensino tradicional.
  • ¨A escola, muitas vezes, usa o ¨chic¨ que já passou há muito tempo¨ (Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes).
  • Na UNISO há ensino a distância, porém na UFSCAR (Campus Sorocaba) não há.
  • Foi mencionado o curso a distância do Instituto Universal Brasileiro (IUB) que existe desde a década de 80. Antes no IUB a inscrição/matrícula era por correio, hoje se inscreve pelo site. É muito interessante conhecer a trajetória do IUB.
  • A promessa do IUB, mesmo com o passar dos anos, continua a mesma: sucesso profissional, economia e tempo. ¨Estudar a distância não é difícil, é só diferente¨ (IUB).
  • ¨É a tecnologia que importa, ou é o nosso compromisso com o ensino Superior? (Profa. Dra. Tereza M.P. de Castro Mello).
  • A Profa. Dra. Tereza M.P. de Castro Mello, mencionou e fez um breve comentário que hoje a educação a distância gera status.
  • Caráter fetichista da tecnologia.
  • ¨Onde está a tecnologia no ensino Superior nas aulas presenciais? (Profa. Dra. Tereza M.P. de Castro Mello).
  • ¨Por que usamos a tecnologia como fetiche no EAD e esquecemos da tecnologia nos cursos presenciais?¨ (Profa. Dra. Tereza M.P. de Castro Mello).
  • Foi mencionado a alfabetização das crianças por meio da cartilha Caminho Suave (1990).
  • ¨O que tem motivado a educação a distância?¨(Prof. Dr. Marcos Francisco Martins).
  • ¨A educação a distância é uma outra educação¨ (Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes).
  • As críticas que fazem à educação presencial são cabíveis para a educação a distância.
  • Ensino Superior – práticas pedagógicas engessadas.
  • As questões levantadas e as discussões ocorridas foram de grande valia para se repensar na educação de qualidade que tanto se almeja.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Nosso décimo primeiro encontro: 04 dezembro 2012


  • Este nosso encontro é o último encontro formal em sala de aula, da disciplina Novos Letramentos e Educação Superior do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) – Área de conhecimento - Educação Escolar, Linha de Pesquisa – Ensino Superior - UNIVERSIDADE DE SOROCABA (UNISO). Professor responsável: Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes.
  • Os dois próximos encontros já programados, são no dia 10 e 11 de dezembro, no 1º Seminário UNISO-UFSCAR (Campus Sorocaba) – Tendências e Desafios da Educação Superior no Brasil.
  • Na aula de hoje o foco da discussão foi o livro – MULTILETRAMENTOS NA ESCOLA (Roxane Rojo, Eduardo Moura – organizadores).
  • ROJO, Roxane; ALMEIDA, Eduardo de Moura. Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola Editora, 2012.
  • O Prof. Luiz Fernando deixou bem a vontade a leitura desse livro que está dividido em 12 capítulos. Cada aluno fez a leitura dos capítulos conforme o seu interesse. Alguns alunos fizeram a discussão do capítulo lido usando slides para a apresentação, outros apenas comentaram oralmente.
  • Os capítulos comentados foram: (1) Capítulo 1 – Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola; (2) Capítulo 2 – Blog nos anos iniciais do fundamental I: a reconstrução de sentido de um clássico infantil; (3) Capítulo 8 – O manguebeat nas aulas de português: vídeoclipe e movimento cultural em rede; (4) Capítulo 9 – A canção Roda-viva: da leitura às leituraS.
  • Entre as discussões feitas em sala de aula destaco apenas alguns comentários ou citações, pois nas postagens anteriores já mencionei alguns capítulos do livro que fiz a leitura, e que foram discutidos na aula de hoje.
  • A prática pedagógica precisa ser fundamentada em teorias, e isso foi observado nas práticas desenvolvidas e relatadas nos capítulos do livro.
  • ¨Se a educação não rimar com transformação, não rima com mais nada¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • ¨É necessário espalhar o conhecimento. A importância da academia é a produção¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • Necessário para o pesquisador são os relatos de experiências.
  • O professor deve engajar as crianças no processo e traçar estratégias que levem do conhecimento prévio à criação. Durante a criação, será possível abordar o currículo escolar, o sistema de escrita, ampliar o repertório e transitar pelas diversas modalidades e coleções culturais (p.38). Podemos destacar que esse é o papel do professor/pesquisador.
  • Permitir que desconstrua e reconstrua – ¨O trabalho escolar pode ter início no conceito ou no texto conhecido: ele será desconstruído e reconstruído; a reconstrução será hipermodal, na medida em que as conexões forem feitas e os conhecimentos se interligarem. Nesse processo, as crianças poderão avaliar (de maneira crítica) quando e como usar a língua, as linguagens e as ferramentas escolhidas¨ (p.39).
  • Leitor crítico do mundo – ¨a formação de um leitor proficiente é um dos principais objetivos do ensino de língua portuguesa e uma proposta de alfabetização com vistas aos multiletramentos precisa levar em conta o caráter multimodal dos textos e a multiplicidade de sua significação¨ - vertente bakhtiniana (p.39).
  • A referência teórica é fundamental nos relatos de experiências.
  • Alguns autores, como Bakhtin e Lemke foram mencionados em vários capítulos do livro em discussão.
  • Observa-se a música ligada ao conteúdo histórico (capítulo 9).
  • Muitas músicas antigas são remixadas – atrativo para os jovens de hoje.
  • Há a necessidade de se repensar nas práticas pedagógicas.
  • ¨A leitura não pode ser disciplinar, deve ser multissemiótica (muitos signos)¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • Comentários sobre os projetos de extensão – flexibilidade..
  • Diferentes perspectivas sobre o processo de leitura (p.193-194): (a) leitura como decodificação; (b) leitura como compreensão; (c) leitura como interação; (4) leitura como réplica ativa.

  • A aula de hoje foi bastante interativa e participativa. Valeu!!!



domingo, 2 de dezembro de 2012


    2. Blog nos anos iniciais do fundamental I – A reconstrução de sentido de um clássico infantil (Gislaine Cristina Correr Lorenzi e Tainá-Rekã Wanderley de Pádua)
    ROJO, Roxane; ALMEIDA, Eduardo de Moura. Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola Editora, 2012.



Multiletramentos na escola (ROJO; ALMEIDA, 2012) foi o livro proposto para a nossa leitura e discussão nas aulas da disciplina ¨Novos Letramentos e Educação Superior¨ ministrada pelo Prof. Luiz Fernando Gomes.

Nesta postagem, faço menção a alguns tópicos do capítulo 2, que ao meu ver merecem destaque e reflexão. Nas postagens anteriores (as duas últimas) destaquei os tópicos e as reflexões da apresentação do livro e do capítulo 1.

 
    2. Blog nos anos iniciais do fundamental I – A reconstrução de sentido de um clássico infantil (Gislaine Cristina Correr Lorenzi e Tainá-Rekã Wanderley de Pádua)
  • O contato com o mundo letrado acontece muito antes da alfabetização de uma criança, podemos mencionar a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções.
  • Letramento - ¨o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais que usam a escrita¨ – definição de Magda Soares (2000, p.47).
  • Alfabetização – ¨a ação de ensinar/aprender a ler e escrever¨ – definição de Magda Soares.
  • O conceito de letramento comporta o conceito de alfabetização, e a alfabetização supõe ações específicas.
  • O conceito de letramento abre o horizonte para compreender os contextos sociais e sua relação com as práticas escolares, possibilitando investigar a relação entre práticas não escolares e o aprendizado da leitura escrita.
  • Necessário se faz trazer para o espaço escolar os usos sociais da escrita e considerar que a vivência e a participação em atos de letramento podem alterar as condições de alfabetização.
  • A leitura deve ser uma atividade prazerosa e não apenas de codificação.
  • A escola, geralmente, ainda se limita ao texto impresso e não prepara o aluno para a leitura de textos em diferentes mídias.
  • É importante que a escola proporcione e incorpore cada vez mais o uso das tecnologias digitais, e assim, permitir que os alunos e os educadores possam aprender a ler, escrever e expressar-se por meio delas.
  • Hipertextos – uma das características dos hipertextos são os links. Por intermédio dos links o texto passa a ser um ponto de ancoragem de diversas outras fontes que com ele interagem, que o completam na significação e compreensão.  
  • Hipertexto X texto impresso - o hipertexto difere do texto impresso por não ser somente a justaposição de imagens e textos, mas por ter um design que permite várias interconexões, possibilidades diversas de trajetórias e de múltiplas sequências – (LEMKE, 2002).
  • O hipertexto articula-se à multimodalidade, gerando novas interações em que palavras, imagens e sons estão linkados em uma complexa rede de significados, a chamada hipermodalidade ou hipermídia.
  • No espaço digital, a autoria se confronta/depara diariamente com a apropriação: leitor e autor nunca interagiram de maneira tão intensa, e os espaços de produção são cada vez mais interativos e colaborativos (um exemplo é a Web Wiki).
  • Segundo Chartier (2002, p. 25), ¨o texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir em seu próprio conteúdo e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo, desparece a atribuição dos textos aos nomes de seu autor, já que estão constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla, polifônica¨ (p.37).
  • A presença das tecnologias digitais em nossa cultura contemporânea cria novas possibilidades de expressão e comunicação.
  • Conforme Cope e Kalantzis (2006), todo texto é multimodal, não podendo existir em uma única modalidade, mas tendo sempre uma delas como predominante.
  • Os multiletramentos levam em conta a multimodalidade (linguística, visual, gestual, espacial e de áudio) e a multiplicidade de significações e contextos/culturas.
  • A ¨hipermodalidade¨ amplia o sentido de multimodalidade ao extrapolar o texto planificado e linear: não se trata mais de uma justaposição de texto, imagens e sons; trata-se de um design diferenciado que interliga as modalidades.
  • O hipertexto e as hipermídias, viabilizados por meio dos links, apresentam múltiplas sequências e possibilidades de trajetória. 
  • As tecnologias devem ser objeto de ensino e não somente uma ferramenta de ensino – a capacidade de criação é desafiada; ler e escrever deixa de ser o fim, para ser o meio de produzir saberes e, além disso, compartilhá-lo numa relação dialógica.
  • ¨As possibilidades de ensino são multiplicadas se utilizarmos ferramentas digitais. É possível formar redes descentralizadas para incentivar a interação; trabalhar com imagens (fator que modifica o conceito de comunicação); navegar por textos da web: utilizar animação para simplificar atividades complicadas e proporcionar aos estudantes o sentido de serem autores de seus trabalhos, uma vez que tudo pode ser publicado e exibido na internet¨ (p. 40).
  • Blog – ambiente que possibilita a seu usuário liberdade para produzir, reproduzir e difundir a escrita de maneira interativa.
  • Na internet, saber buscar é importante, e essa habilidade normalmente não é trabalhada com os alunos.
  • Na internet – ¨os alunos precisam saber navegar, encontrar, selecionar informações relevantes para seus propósitos, fazer vários tipos de inferência, reconhecer efeitos de sentido, estabelecer relações lógico-discursivas¨ (p.48).
  • No blog – o processo de criação coletiva contribui para o ensino e a aprendizagem, na medida em que promove a autoria, a autonomia, a interatividade, o registro e o protagonismo da turma, incentivando os alunos a produzirem e divulgarem o conhecimento.
  • O ambiente digital estimula a construção de conhecimento necessário para realizar as alterações desejadas, tornando o usuário autor e organizador do seu próprio espaço textual.
  • ¨A pedagogia que leva em conta os multiletramentos incorpora a prática situada e embasada na experiência da criança, aberta à conceituação, que propõe o dialogismo e a análise crítica, transformando as práticas de leitura e escrita em práticas sociais que levem à construção e uso de conhecimentos adquiridos¨ (p.53).
  • Com as novas tecnologias, o conhecimento é construído a partir da troca de experiência e informações entre as diversas redes sociais interligadas.
  • ¨A utilização das novas tecnologias por docentes é uma nova forma de entender como as tecnologias da informação e comunicação podem auxiliar no processo de construção e compartilhamento de conhecimentos, explorando novas práticas de letramento¨ (p.54).